31/01/2007

Quem eu quero ser faz parte de quem eu sou.

Doug...sou eu!

Quando eu tinha doze (não lembro se era quinze), vi pela primeira vez "Doug Funnie".
Um garoto com doze (ou quinze anos, sei que tinhamos a mesma idade), apaixonado por uma menina, com um amigo azul, um cachorro, um personagem o odiava, e ele tinha a imaginação mais fértil possível.
No início do desenho, alguém dizia "Doug", e ele aparecia e respondia "sou eu". Mas ninguém me engana, Doug, na verdade, sempre fora eu. Copiaram descaradamente a minha história de vida, na verdade, da vida.

Depois, aniversários depois, descobri que mesmo que a minha idade se alterasse e a dele não, eu continuava a sê-lo. Ou melhor, o roteirista continuava a copiar minha vida. Hoje, não assisto mais esse desenho, se soubesse onde vê-lo, certamente lá o veria. Mas não sei. Aposto, no entanto, que o roteirista continua a me vigiar, talvez pelo orkut. E agora, por aqui. Aposto que Doug continuaria a ser um safado, afinal, ele sempre foi. Romântico,mesmo asssim não deixava de babar pela líder de torcida. Sempre sonhador, a imaginar maneiras de conquistar a querida Paty Maionese, apenas querendo fazê-la feliz.

Celebridade com uma função

Meu salve à Nana Gouveia.
Uma celebridade que fez seu papel.

Agora, quando outra pelanquenta, que encosta o mamilo no joelho sem dobrar as pernas e o dorso, quiser mostrar como a natureza e lei da gravidade são cruéis, ela já pode usar um argumento válido na discussão com a polícia, que estava ali, tentando amenizar a situação psicológica dos meninos acostumados com os peitos das revistas e, às vezes, da empregada.
O argumento:

_Se a Nana pode, por que eu não posso?

30/01/2007

Bah, Nana!


Assistia televisão e comia salada de frutas hoje à tarde quando vi, no sempre ótimo programa da Sônia Abrão (?!), que a modelo/atriz (?!) Nana Gouvêa foi à praia no último domingo, e lá resolveu tirar as duas peças do seu biquini. Ela diz que precisa ficar bronzeada para o carnaval (é madrinha da bateria da Império da Tijuca no carnaval carioca, e da Vila Maria no paulista), mas não pode ter marcas de biquini por causa da sua personagem na minissérie "Amazônia", da Glória Perez.
Eu não ainda não cheguei a uma conclusão sobre o caso, mas me lembrei de um caso. Uma vez uma mulher tentou fazer topless numa praia do Rio de Janeiro e acabou sendo presa por atentado ao pudor. Agora a Nana tira o seu pouco pano e ainda tem a pachorra (não que eu esteja indignado, mas é uma palavra pra usar em ocasiões como essa) de fazer uma tatuagem de henna ("quis fazer um agrado para o meu namorado"), sob os olhares atentos da rapaziada que foi à praia e recebeu esse "prêmio". E pra ela não tem polícia.
Não tenho nada contra ela tirar o biquini. Como bom safado, não acharia ruim se ela tirasse o biquini na praia que eu freqüento. Mas existem lugares específicos para essa prática, e se ela quer se bronzear nua, que o faça na sua casa ou numa clínica com câmara de bronzeamento. Segundo ela, é "um ponto da praia onde só tem gay". Uh-lá-lá! Não sabe da missa a metade.

P.S.: só pra constar: a personagem da Nana em "Amazônia" é uma prostituta.

29/01/2007

Desmistificando

Enquanto eu como meu pacote de pipocas de queijo analiso sobre o que poderia falar hoje nesse espaço. Resolvi relatar uma experiência interessante que vivi hoje. Infelizmente, ontem à noite, o pai de uma grande amiga minha, a Gabriela, faleceu em Penha. Hoje à tarde fui ao cemitério, onde estive no velório e no enterro. Durante esse tempo estive ao lado do meu amigo Ezequiel. E ali percebi como os homens são eternos observadores.
Não, amigos, não sinto remorso por ter comentado com meu amigo sobre como Fulana estava bonita, ou quando ele ía resolver o rolo com Ciclana. Não sinto porque o João, pai da Gabi, me deu a lição de que a vida deve ser aproveitada, fazendo as coisas de que se gosta, que te fazem sentir prazer e fazem bem também para os outros. Olhamos e comentamos porque nos faz bem, não por canalhice ou afins. Acho que essa também é um pouco a função do Paixão Safada. Desmistificar a imagem do homem. Pelo menos de homens safados como nós: que apenas querem fazer as mulheres serem felizes. Fazer com que, mesmo que as palavras não sejam agradáveis, sejam verdadeiras. Aliás, o que vale mais? Palavras agradáveis falsas ou palavras desagradáveis verdadeiras?

28/01/2007

Auto-Afirmação da Anormalidade

No auge da minha falta do que fazer, ou assisto Big Brother, ou procuro perfis interessantes no orkut. Aliás, duas atividades parecidas psicologicamente. Hoje, depois de uma ressaca causada por doses de Gin Tônicas sem gin, numa balada na praia, foi o dia mundial do nada pra fazer. Resultado: Assisti Big Brother e procurei perfis até agora.
Mas confesso que tem sido cada vez mais difícil manter-me concentrado nessa atividade. Por mais que se procure, o máximo que se as pessoas se aproximam da estranheza é: uma foto com caras e bocas, legendada "meuu, e ainda tem gente que tem coragem de me dizer que sou normal".
É muito bom ser diferente. Ouvir que você é diferente também é muito legal. Mas, se você acha-se o diferentão, o doidão da galera, a maluquinha. Desculpe, é mais um igualzinho.

Opinião e Apresentação

Aceitei o convite do amigo Jouber Castro para criarmos um blog. Decidimos, ao relembrarmos nossas conversas, que podemos escrever, com todos os direitos reservados, sobre mulheres. Afinal, falar é fácil.
Porém, como catarinenses de alma que somos, seguiremos toda a vida reto, escreveremos sobre o que der na telha. Acredito que, mesmo que você não leia, ou não dê a menor bola para o que aqui estiver rascunhado, servirá-nos para desaguarmos toda a nossa opinião reprimida na atividade de Noticiadores, isentos de opinião. Espero que você possa se divertir, e muitas vezes seja convidado a pensar, simplesmente pensar.



Ah!
E quanto à apresentação:

Olá, meu nome é Clayton Felipe Silveira. Qualquer coisa me dá um toque, me deixa um recado, me convida pra um café... Afinal, pra escrever é necessário vivência, nem que seja vivência dos outros.
Melhor se for a nossa.

Diário de um safado.

Eu demorei um bom tempo para reconhecer a safadeza que existia em mim. Sempre acreditei que era muito diferente de todos os outros homens, e que era um erro feminino não me notar. Não notar aquela ilha de sinceridade e honradez no meio do mar de canalhices e cachorragens. Foi quando eu tive a minha revelação. E foi hoje. Hoje eu vi que sou um safado. Mas logo depois, como se estivesse num estúdio, tive outra revelação (sim senhor, isso foi uma piada). Que era sim um safado, mas um safado que não era igual aos outros.
Eu explico. O conceito de safadeza corrente remete à falta de identificação suficiente com o outro, fazendo com que se cometa uma série de atos egoístas que magoam e ferem esse outro. Identificação porque não gostamos que nos façam coisas desagradáveis. Ponto. Porém, me encontrei como sendo uma espécie de safado lírico. Um safado que é fiel por convicção na realidade, mas que escreve poesias a quem lhe convier no submundo literário. Um safado que não trai nem em pensamento por achar que vale mais a pena ter a consciência limpa e livre para pensar besteiras do que preenchê-la com o peso morto de uma traição. Um safado high-tech, que canta pela internet só para ter o prazer quem está dou outro lado da linha sorrir. Safado meticuloso, que escolhe dia e hora para pensar, que nomeia as pastas com poemas com os nomes "Para Fulana", como quem amarra o laço de um saquinho cheio de guloseimas que vão alegrar as crianças a semana inteira.
E para provar a minha safadeza, a despeito do mundo inteiro criei um novo termo que substituirá o que todos conhecem por "safado". O safado a partir de agora deve ser chamado de "safado safado". Por que? Porque todo homem é safado por natureza. Uns aceitam sua condição e jogam fora da bacia toda a água que se lhe dispuser. Mas há os que escolhem usar a sua safadeza, seus pensamentos incontroláveis, seus desejos íntimos, para satisfazer as mulheres das quais somos súditos, para as quais fazemos reverência, e de quem sentimos vergonha por sermos tão pequenos. Fazê-las felizes, essa é a nossa função. Função de cada safado consciente que se encontrar por esse mundo afora.
Todas essas revelações, que me foram feitas como em flashes fotográficos, me levaram a algo que já devia ter feito há muito tempo. Convidei Felipe (esse que assina como Felps) para criarmos um espaço onde pudéssemos escrever sobre o que achamos igual e diferente. Porque o Felipe? Porque ele é um dos poucos safados como eu que eu conheço. Um dos poucos por quem eu poria a minha mão no fogo sem titubear. Porque eu sei que ele sente pelas mulheres a mesma admiração e respeito que eu sinto. E que provavelmente por elas cometeria loucuras quais as que me sinto capaz de cometer pelo seu amor, por um simples flerte, ou um beijo longo. Qual foi a minha surpresa quando ele mesmo sugeriu o nome "Paixão Safada". Senti que não estou sozinho. Senti que não sou só na responsabilidade de amar todas as mulheres do mundo que merecem amor e que não recebem dos safados que as cercam. E me senti feliz. Com me sinto feliz agora em anunciar que está inaugurado o Paixão Safada, hall das paixões e das safadezas de homens que amam mulheres mais que a si mesmos.